Percepções de profissionais de educação e saúde no programa saúde na escola com alunos deficientes

Fabricio Moraes Pereira; Joseane Cunha da Lira Cunha; Sarah Rodrigues Figueira de Melo e Silva; Roberto de Mendonça França Junior (in memoriam)

Resumo

O Programa Saúde na Escola (PSE) é um programa Federal que visa a integração da saúde e educação nos espaços escolares, com o objetivo de articular ações entre as escolas e as Estratégias Saúde da Família (ESF) nas linhas da promoção, prevenção e atenção à saúde dos educandos. Nesta perspectiva, foi realizada uma pesquisa exploratória e de campo, com análise qualitativa, para verificar se os alunos com deficiências recebem ou não todo o benefício que o programa oferece, em seu escopo. Diante do exposto, foram realizadas entrevistas, no período de novembro a dezembro de 2019, em uma ESF e duas escolas municipais localizadas no Distrito Administrativo do Guamá, em Belém, Pará, as quais estão vinculadas em pactuação ao PSE, na cobertura para execução das ações, devido estarem no território e área de abrangência. Todas as participantes da pesquisa eram do sexo feminino, com graduação e especialização completas, com média de idade de 42,6 anos, jornada de trabalho de 250 horas mensais e 17 anos de experiência profissional. Da exploração do material pesquisado, surgiram três unidades temáticas de análise de conteúdo: O processo de inclusão no Programa Saúde na Escola; Concepções da intersetorialidade do PSE; e Educação em saúde: um processo em construção. Concluiuse que, ainda que haja dificuldades quanto à efetivação da intersetorialidade, as ações do PSE contemplaram as necessidades dos alunos, promovendo efetiva inclusão dos alunos com deficiências e estes receberam os atendimentos dentro de uma limitação que os profissionais da saúde estabelecem juntamente com a equipe da escola.